21 de jan. de 2015

Ressuscitando o blog

Em breve, caro leitor, virá novos contos algo a mais sobre esta atividade inerente ao ser humano. Aguarde e confie...

7 de set. de 2011

Imagem do Filme "Melancholia", a temática não é erótica, porém esta fotografia é a melhor parte do filme. A personagem sofre de depressão e em um momento de devaneio, resolve tomar um banho de lua na beira do lago.

15 de mar. de 2011

Ode a Vagina

Meto-lhe a mão
por baixo da saia
e econtro lá
sua deliciosa
vagina.

Quente e úmida
minha estimável
amiga de sempre
que quero guardar
ai onde se encontra
debaixo de sua saia.

Meus dedos se divertem,
esbanjam e refestelam-se
dentro de ti amiga.
Dê-me um pouco
mais de prazer
e jorre em minhas mãos
seu precioso líquido,
goze de alegria
em minhas mãos.

Cheiro e lambo-te,
meu doce divino.
Exale seu perfume,
enebria-me inteiro,
quero-te sempre.

7 de ago. de 2010

Irreparável Instinto

A natureza nos fez assim, por que lutar contra aquilo que somos e sentimos? Por que lutar contra os instintos que pulsam a todo o momento? Existem momentos em que essa luta já começa com uma vencedora: a sexualidade. Contra ela ninguém vence, e caso vença, sai completamente dilacerado. Portanto, é melhor deixá-la vencer, pois o prazer é certo.


O casal se segurava dia após dia até o casamento. Já faziam cinco anos de namoro. Passaram a adolescência toda em provas de fogo. Tudo pela religião. Tudo pela doutrina dos pais. Tudo por uma causa que lhes asseguravam algo, porém lhes custava caro. Sufocar os instintos era desesperador. Banho gelado depois de beijos ardentes era o que os segurava, mas isso era ínfimo perante as quenturas da alma. Enfrentar a si próprios martirizava o jovem casal.

Em plena puberdade eles se conheceram e se gostaram. Começou então o namoro com o propósito de casamento, até aí tudo bem. Entretanto, aos quinzes anos quando os pêlos pubianos dela cresciam ainda ralos no segundo mês depois da primeira menstruação, e quando nele cresciam espinhas após algumas masturbações seguidas de arrependimento; eles não contavam com os instintos sexuais proveniente de todo ser humano. E como lidar com a explosão que lhes acontecia sempre? A mão na coxa, o beijo no pescoço, o falo latejando, a yoni molhada, a cabeça girando, o corpo ardendo, cócegas... pára, não podemos. Por que não? Você sabe que só depois de casarmos. É verdade, a gente tem que se segurar...te vejo amanhã? Sim!... e o beijo de despedida põe o ponto final. Ponto final?! Reticências seria a pontuação mais correta.

As genitálias continuavam em atividade vulcânica, em ebulição. Queriam se encontrar, mas tinha data certa. Quem inventou isso de data para satisfazer desejos?

Escutar os amigos contarem suas experiências amorosas e as amigas perguntarem se já rolou, não era fácil para os dois. Vários incentivos e chacotas os deixavam mais atordoados e desejosos. A luta contra os fantasmas do desejo se tornava fraca a ponto deles quase caírem em tentação por inúmeras vezes. A primeira foi aos dezesseis na casa dela. Ele foi para um almoço normal de sábado. Chegou cedo, conversou com todos, almoçaram, assistiram televisão, riram um pouco, até que a mãe dela saiu com o irmão mais novo e o pai foi dormir. Os dois sozinhos na sala começaram a se beijar despretensiosamente. Foram se deitando levemente no sofá, ela de saia deixou uma das pernas cair para fora do sofá logo ficando com as pernas entreabertas e ele se encaixando no vão deixado ao acaso. Quando a perna caiu, a saia subiu chegando até metade da coxa. O menino estava pronto para hora, era só abrir o zíper da bermuda. Ela queria, ele queria, os dois queriam, a consciência não deixou. Recompuseram-se amedrontados com coração aos pulos. Um copo d’água e um “depois te vejo”, mas o desejo pulsava e martelava os sentidos.

O casal fugia dos ambientes escuros, dos locais ermos e das ocasiões propícias à queda. Viviam como fugitivos deles mesmos. E quanto mais fugiam, mais lhes aparecia sorrindo o desejo e a perdição. A doutrina era rígida, o inconsciente estava carregado de nãos-carrascos. No jogo da vida eles eram marionetes do “certo” e do “errado”. O que fazer? Qual a saída? Casamento, pois casados não eram pecadores. Aos dezoito resolveram de fato casar e por fim ao martírio. Porém, faltava-lhes dinheiro, casa, paciência e esperança. Ele correu atrás emprego e ela de oportunidades. Dezenove e nada ainda. Vinte e a esperança volta, mas o desejo nunca fora embora, batia-lhes a porta toda hora e às vezes invadia sem permissão. Certo dia o pai dela de repente perguntou ao futuro genro se este havia desfrutado sua doce filha. Suando respondeu que não, mas pensando respondeu que era o que mais queria. Recebeu por isso um elogio, o elogio não mudava nada, excitação tomara conta de todos os seus sentidos.

Mais uma vez a tentação chegava sutilmente. Estavam passeando pela orla da praia e apreciavam uma bela paisagem. Era quase fim de tarde e o Sol se pondo atrás deles era refletido no mar calmo a frente. Mais a frente havia um píer panorâmico onde vários casais passam algumas horas aos beijos. Eles foram um desses casais, a tarde caindo, a brisa leve, o barulho do mar ao fundo, uns beijos, uns apertos, a mão correndo, o desejo aumentando, os dois sozinhos de novo, ela de saia de novo, suas coxas lisas e quentes, seus seios durinhos e eriçados, as costas dele, o falo dele rijo, seu beijo no pescoço dela, a mordida dela no seu ombro, a mão no seio, a mão nas nádegas, a mão no membro, o zíper se abrindo, a saia subindo, o falo quase para fora, um outro casal vindo, a consciência de novo. Tudo em nada outra vez.

Os dois se encontravam num dilema psicológico, entregar-se ao prazer antes do tempo e sofrer as austeridades do inconsciente dizendo e acusando-os ou esperar até a tal hora e sofrer as austeridades do desejo natural e lascivo. Por qual caminho andar? Qual sofrimento era mais doloroso? E qual era menos? Não importava o sofrimento, seus instintos gritavam sem aviso de trégua. Era impossível ficarem juntos sem pensar em sexo, sem ter vontade de se entregarem um ao outro. Que mal tem isso? – ele se perguntava. Por que tem de ser assim? – ela redargüia.

O casamento estava marcado. A data, a festa, o local da festa, o lugar da viagem da noite de núpcias, tudo estava arranjado. Na noite anterior ao casamento ela havia ido ao shopping comprar uma lingerie especial pra lua-de-mel que era tão aguardada. Feliz da vida ela caiu na besteira de mostrá-lo e fazer provocações. Ele, em posição de estátua, ficou imaginado-a naquele traje voluptuoso e tentador. Seu falo enrijeceu momentaneamente, ela percebendo o volume feito em sua calça, sentiu a excitação tomando conta de seu lindo corpo e quis de súbito pôr a boca e se deliciar com aquilo tudo. Era segredo, mas ela não conseguiu suportar a pressão e comprou um filme pornográfico que assistia todos os dias escondida, queria aprender como satisfazer um homem. Vendo o filme se masturbava silenciosamente e desavergonhadamente, pois ali se sentia livre de tudo. Ele correu para tentar parar de pensar em sexo, porém a tentativa foi em vão. Ele havia corrido para o banheiro e quando se deu conta de que estava protegido pelas paredes, pôs-se a masturbar freneticamente até seu jato ser disparado na parede chegando a fazer um barulho de algo sendo lançado fortemente e se chocando repentinamente. De tanto desejo que sentiam, de tanta excitação e de tanto sufocar os instintos, a única solução era trancarem-se e descarregar para não morrerem de prazer.

Deu-se então o casamento e as festividades. Sem demoras foram para tão sonhada e aclamada noite de núpcias. Tudo o que os prendia, foi derrubado por uma relação sexual de dar inveja ao Marquês. Tudo o que a religião prezava foi esquecido pelos dois, toda doutrina dos seus pais e a violência do inconsciente de nada valeram, pois os dois se entregaram carnalmente ao pecado e a devassidão. No quarto onde se alojaram ficou as marcas da paixão enclausurada durante anos. Hoje o casal faz de tudo na cama e continua freqüentando sua doutrina.

6 de ago. de 2010

Depoimento

- Foi assim que aconteceu tudo.


Eu resolvi andar sem rumo. Peguei o carro e fui indo até onde dava. Na estrada não me vinha nenhum lugar em mente. Deixei o destino me guiar. Passei por caminhos nunca visto antes, depois de mais de vinte quilômetros andados, entrei numa cidadezinha e por lá decidi ficar. Passando com o carro pela única rua que lá tinha, avistei uma placa feita a mão que apontava para a cachoeira do lugar. Pelo que parecia, a cachoeira era o ponto turístico da cidade. Como eu não tinha rumo, decidi visitar a tal cachoeira, que por sinal era linda.

Cheguei então ao local destinado, instalei-me e permaneci vislumbrando a paisagem. Nunca tinha visto tal coisa. A cachoeira era enorme e a queda d’água mais parecia um balé. O frescor do vento batia no meu corpo e levava todo o estresse, meu espírito parecia elevado aos céus. O barulho dos pássaros, o balanço das árvores, o ruído das correderas, tudo me trazia a paz que eu queria. E assim fiquei por tempo indeterminado.

Eu havia estacionado perto dali, embaixo de uma árvore um pouco distante de onde eu estava, eu vi um casal namorando. Eles se beijavam fervorosamente, talvez achando que estavam sozinhos, visto que o local era ermo e estava fora de temporada. Realmente não havia ninguém por perto, a não ser eu que naquela hora resolvi me retirar, ou melhor, me camuflar e ficar de vouyer do casal. Isto para ver até onde iriam já que estavam sós.

Os beijos aumentaram, as mãos passavam pelos lugares escondidos do corpo. Ele a amassava e ela o apalpava. Tive a ligeira impressão que algo mais quente estava por vir. Apesar do frio que fazia, os dois iam tirando a roupa pouco a pouco até ficarem nus por completo. Ele a pôs deitada sobre as roupas e beijou seu corpo parte por parte. De onde eu estava dava para ver perfeitamente, mas não os detalhes. Lembrei-me de um binóculos que sempre carrego comigo, o qual não tinha usado desde quando o comprei, mas esta seria uma ótimo estréia. Daí, consegui ver tudo, eu era um verdadeiro vouyer. Ele parou sobre os seios dela e os chupava como uma criança mama em sua mãe; os seios dela eram generosos, bem fartos, ele os teve como um parque de diversões, afoito ele queria os dois ao mesmo tempo, mas como tinha apenas uma boca, não os alcançava simultaneamente. Eu não ouvia os sons, porém olhando para o rosto dela, percebi que ela gemia suavemente a cada mordida de seu amante. Enquanto ele brincava com lindos mamilos, ela ora mexia nos cabelos dele ora apertava suas costas. E o rapaz foi descendo mais um pouco, chegou até a barriga onde deu mais beijos, ao umbigo e enfim ao seu único destino, no monte de Vênus sua deusa.

O menino pôs sua cabeça entre as pernas de sua namorada e sua língua fez um trabalho perfeito, pois a menina dava gritos de paixão. Ela ofegante não sabia onde por a mão, levantava e abaixava os braços, a cabeça ia de um lado para o outro, as pernas tremiam e o garoto não parava nem que os pegassem em flagrante. Ele levantou por alguns segundos para pegar fôlego, mas ela queria mais e meteu a cabeça do rapaz por entre as pernas e ia apertando contra sua vagina. O rapaz foi obrigado a obedecer, pois também queria continuar as carícias. A garota gemia e gemia, seu corpo tremia a cada carícia feita, os gemidos aumentaram e ela amoleceu, com certeza havia chegado ao seu ápice. Sorriu para o namorado que a beijou. O rapaz estava com seu membro totalmente rijo, e pensando receber uma recompensa pelo feitio, viu a menina pular na lagoa da cachoeira. Sem o que reclamar, ela foi atrás e os dois voltaram aos beijos.

A lagoa não era funda, porque eles depois de mergulhar, ficaram de pé com a água na altura do peito. A lagoa era formada pela queda da cachoeira era partida em duas por uma pedra, um lado era mais fraco que o outro e nele tinha uma outra pedra que servia de apoio para quem ia se banhar. E os dois foram nadando até este lado da queda. Deixando a água cair em sua cabeça, o garoto recebeu sua recompensa. A namorada meteu-se entre as pernas dele e fez a mesma coisa que ele tinha feito a ela. Com uma só bocada, engoliu todo o falo do menino. Alternava entre masturbações e chupadas, deixava o garoto louco. A menina saiba o que fazia, não era inexperiente, mais parecia profissional nessa arte da oralidade. Para não fazer o namorado ejacular antes do tempo, ela decidiu parar para então se penetrada. Em seguida ela se pôs em cima do menino e começou a fazer os movimentos necessários para atingir seu prazer. Enquanto ela se movimentava, ele apertava suas nádegas ajudando-a.

A água benzia os amantes em seu momento de prazer. A natureza também estava em êxtase com os namorados. Cansada de movimentar-se, a garota mudou de posição. Agora ele se pôs por cima dela e introduzindo seu órgão arrancava gritos da menina. Não demorou muito para que ele ejaculasse, creio que ela ajudou muito com sua oralidade. Rapidamente ele retirou seu membro e ela fez um sinal dizendo que queria na boca. Ele então cumpriu a mandato e depositou seu néctar no bico do seu beija-flor. Ela ainda pôs a boca na flor para sugar o que lá restava, parecia querer mais, porém não havia mais nada ali. Cuspiu e lavou a boca. Após copularem, voltaram para a lagoa. Brincavam como crianças.

Os dois boiavam, jogavam água um no outro, nadavam e voltaram a se beijar. Os beijos ardentes de novo. Ela novamente se pôs a gemer, eles por outra vez se amavam. Era um casal lindo, tinham tudo para dar certo. Acabado sexo, voltaram e puseram a roupa. De súbito ele olhou para o outro lado e avistou meu carro e eu escondido. As margens da cachoeira eram de mais ou menos trinta metros, mas dava para perceber o que tinha no outro lado. Foi o que aconteceu. Ele ficou assustado e ela sorriu como se já tivesse percebido. Eu liguei o carro e saí, voltei para estrada.

- Nada mais sei sobre o casal, só os vi naquele dia e naquele momento.

11 de jul. de 2010

O Celular

Havia ido ao trabalho como fazia todas as manhãs. Entrou no banco seu local de trabalho, arrumou todas as suas coisas e se preparava para o atendimento ao público. E assim foi o dia dela. Era chegada a hora do almoço e como todo o dia era de praxe, saiu para almoçar no mesmo restaurante de sempre. O dia parecia como qualquer outro dia, a famosa rotina. Sentou-se com seu prato trivial, almoçou, perdeu alguns minutos, pagou a conta e saiu de volta ao trabalho. Tudo corria bem até que percebeu que estava sendo seguida por dois rapazes nada amigáveis. “Ai meu Deus! O que eu faço?” – pensou assustada. O celular estava seguro em sua mão e a bolsa agarrada ao corpo. “Eles vão roubar meu celular!” – pensou mais assustada ainda. Uma luz surgiu em sua cabeça e uma idéia louca, mas que a salvaria do roubo. Colocar o celular por dentro de calça, ou seja, escondê-lo na calcinha. Mas como se daria isso? Tentou despistá-los quando entrou em uma loja de cosméticos, com uma rapidez de raposa enfiou o celular no local pensado. Aliviou-se um pouco, porém não por completo, pois os dois meliantes também pararam em frente à loja.


Cinco minutos até os rapazes irem embora. Cinco minutos para ela se encantar com os esmaltes, cremes hidratantes, etc., etc., etc.. “Bendita hora em que aqueles mal-encarados me perseguiram.” Ela de tanto passar pelo mesmo lugar, nunca havia reparado na lojinha, ou melhor, no baú do tesouro. Ficou tão vidrada que se esqueceu do horário. Pagou o que havia comprado – lógico que ela não iria embora daquela loja sem ter comprado nada – e voltou ao trabalho. Aliviada por não ser roubada e feliz pelo empreendimento, esqueceu-se do celular no tal lugar.

A outra metade do dia começara, e tudo como sempre. Arrumar as coisas e ir até o guichê, atender os clientes até o horário ou enquanto houver gente no recinto. E o celular ainda permanecia lá. Mas como alguém não sentiria um incômodo que um celular pode causar justo naquele lugar? Simples, é a rotina. Como essa tal rotina mata qualquer ser humano. Porém, aquele era o dia do quebra-rotina. Primeiro a loja de cosméticos antes obscura, agora às claras, depois algo nunca imaginado. O telefone toca. É alguém, mas quem? Não podia saber. Não havia possibilidades. O celular estava no famoso vibra-call e seu aparelho moderno era daqueles que vibrava mais que torcida em final de campeonato. Um susto, um constrangimento, um arrepio, um gemido. Era excitação.

Como aquilo poderia acontecer? Não era para acontecer, nunca haveria de acontecer. Era o quebra-rotina. Já não era celular, era um vibrador que de tanto tremer desceu para o clitóris e ia vibrando cada vez mais. Ela estava louca de desejo, agarrou-se à mesa, contorcia-se e gemia. A pessoa que ligou, insistiu três vezes seguidas. Essa foi a sua derrota. Seu corpo estremeceu, o gemido aumentou, ela entrou em êxtase profundo e teve um orgasmo ali mesmo sentada na cadeira do guichê. O banco estava lotado e ninguém conseguia entender nada. Nesta hora vários paparazzi apareceram com sua câmera portátil ligada e sem crédito nenhum para dar um telefonema se quer, filmaram tudo e riam de perder o fôlego. Ela se recompôs e com muita vergonha saiu correndo desesperada para o banheiro. “Como pude ser tão tola a ponto de esquecer-me do celular.” – ela pensou martirizando-se, “o meu emprego, minha reputação?”, não havia resposta aparente. Foi dispensada pelo seu chefe, pois não havia mais condições de trabalhar. Era o quebra-rotina. Este dia ficaria guardado na memória.

Chegou a sua casa, tomou um banho, chorou, bateu-se, navegou na internet e... “Orgasmo no Banco” era o título do vídeo com mais de trezentos acessos em menos de uma hora. Sua vida não seria mais a mesma, mas pelo menos não haveria mais rotina.

22 de mai. de 2010

Vida Bandida

Era uma criatura sem vida. Não fazia questão de prever o futuro até porque não tinha futuro, o passado era horrível e o presente não passava de mera conseqüência do tempo. Exercia uma das profissões mais antiga e muito execrada, a prostituição. Desde menina era a única coisa que sabia fazer bem, pois era filha de cafetão com uma de suas “moçinhas”. Morria de inveja das garotas de alta classe, pois sabia que nunca chegaria ao patamar de uma delas. Nenhum bar a queria, todos sempre a rejeitaram justamente por causa da fama de seus pais. Apesar de não vê-los desde os quinze anos, a sombra da tal fama assombrava o seu presente. As esquinas e rodovias eram seus palcos de apresentação. E ela pegava cada sujeito que dava nojo da vida que não era vida. Mas... era a vida.


Sem muitas perspectivas de nada, ela resolveu relatar alguns dos seus horripilantes encontros. Um deles será reproduzido a todos.



18 de abril de 1996, quinta-feira, dia normal de trabalho. Como sempre não consegui nada satisfatório. Foram duas fodas rápidas de quinze reais cada, três boquetes por dez reais cada, um misarável que achava que buceta custa sete reais. A única coisa diferente foi um filho da puta que arregaçou meu cú. Eu estava na esquina que costumo ficar, já estava tarde e não estava aparecendo mais ninguém. Quando eu estava saindo do posto me apareceu um homem querendo programa, eu aceitei, estava precisando de dinheiro mesmo. Ele perguntou se eu tinha local, daí eu levei ele até meu apartamento que ficava alguns minutos dali onde estávamos. Enquanto íamos andando, eu perguntei a ele o que ele queria, ele me respondeu que queria tudo e pagava bem. O homem não era lá aquelas coisas, mas tava pagando e até que num cheirava mal. Aparentava ser casado e de meia idade. Mas, eu num queria saber nada da vida dele, ele que se fodesse com os seus problemas. Chegamos no apartamento e comecei a tirar minha roupa, ajoelhei para fazer um boquete nele. Ele tirou as calças a apareceu um piru enorme, devia ter uns trinta centímetros, e era grosso também. O piru do cara era uma cobra sucuri. Me assustei mas fui colocando a boca, pois esse era meu trabalho. O cacete não cabia na minha boca de tão grosso que era, o jeito era lamber a cabeçorra, os lados do piruzão e as bolas que também eram grandes. O sujeito me pegou pelo braço e disse que não queria boquete não, ele queria outra coisa. Me colocou de quatro e foi enfiando a jeba na minha buceta. Minha buceta não era mais apertada, mas o pau do cara era muito grande e entrou me arrebentando. Eu não gemia, eu gritava, e o cara metia com força. Que desgraça. De repente ele parou e eu me aliviei, mas ele enfiou de novo só que no meu cú. Meu cú era apertado, porque eu não acostumava fazer programas com anal. O viado nem me perguntou se eu queria, ele foi metendo aquela desgraça grande no meu cuzinho. Era uma dor horrível. Ele não parava por nada. Meu cú estava pegando fogo e doendo muito. Parecia que eu estava sendo partida ao meio. Dez minutos que pareceram trinta anos. O filho da puta tirou o pau o gozou nas minhas costas, parecia uma mangueira, fez até barulho quando saía e batia nas minhas costas. No final eu estava jogada nua na cama com o cú doendo, ele perguntou quanto foi, eu nem tive reação, ele tirou duas notas de cinqüenta do bolso e botou na penteadeira. Acabei a noite com cem reais e o cú aberto.